Monday, June 21, 2010

Aspirações

Eu queria ser a nova Carrie Brasdshow. Sabe? Ganhar dinheiro pra escrever sobre alguma coisa bem subjetiva. Tipo, ela escreve sobre o que? Tá, namorar na cidade de NY. Porra, putaglamouroso mas...como é que vc CHEGA aí? Vou começar a escrever sobre o AMOR e mandar pro Globo, que-ro-ver se nego vai sair publicando meus devaneios por aí. Morar no Rio de Janeiro é beeem legal se for pensar analiticamente. Digo, tem potencial pra alguns livros de mulherzinha / série de TV estilo americanazona / filme hollywood chickflick. Será que deslancha? Dúvida.
Essa fase de agora, entre ser criança e ser adulta é muito complicada. Claro que assim que as responsabilidades de um trabalho e etc começarem eu vou sentir saudades mas, por enquanto fica uma sensação de vazio sabe? Meio que...e daí? Que que vc tá fazendo com a tua vida? Nada, né. É meio perturbador pra ser honesta. Mas logo passa e a gnt sente falta. Taí a triste verdade.
Por enquanto o jeito é seguir farreando o máximo possível que a vida permitir e agradecer a liberdade. Dps fica díficil e reclamar é fácil...A única injustiça que dá pra apontar é a má distrbuição da vida social. Mas acho que aí já é culpa da Lei de Murphy. Sério, já percebeu como às vezes passam-se semaaaanas sem aparecer na-da pra se fazer e em dois ou três dias vc acaba com dois churrascos, uma despedida, uma visita e um aniversário pra ir, TODOS que vc não tem como faltar E logo quando vc esqueceu de fazer a unha durante a semana? (ou Deusmeulivre, depilação? OU a sobrancelha?!?! acontece...) e o pior é que nós gostamos de ser requisitados assim. Validação social eu acho. Meio que o jeito de saber se vc é valorizado não? Depende mt tb do peso que se dá pra esse tipo de feedback. Afinal, pq nós dependemos tanto disso? Essa coisa de conviver em sociedade dá um trabalho.

Thursday, May 27, 2010

Saturday, April 24, 2010

Capítulo 1: Esbofeteá-lo-ei

- Eu dei um tapa na cara dele.
A cara de absoluto espanto no rosto dela me fez completar.
- Claro que não foi do nada. Ele mereceu. - eu sei que é um pouco confuso começar uma história assim do final, mas pela minha experiência eu já comprovei que capturar a atenção da pessoa desde o início garante um feedback mais elaborado no final.
- Ah que bom! Assim espero!
- Ok, Bi, eu vou desistir de contar a história se você continuar com isso.
- Promessa de escoteiro - ela levantou os dedinhos pra mostrar que era sério - só comento agora com sua permissão.
Então eu contei, pelo que me pareceu a milésima vez, a história do que aconteceu naquela quinta-feira maldita. E como acontece com qualquer história que a gente conta várias vezes em um espaço de tempo não tão grande assim, essa já tinha virado um número ensaiado e decorado, com marcações específicas para anexos, e pausas cronometradas para reações.
- Resumindo, o que aconteceu foi o seguinte... naquele dia o Bruno chamou a gente pra ir na tal festa da empresa do tio dele...te falei né? É, e daí que como era lá na zona sul eu combinei que ia me arrumar na casa dele e depois dormir lá pra ir pra faculdade no dia seguinte direto, e ele disse que tudo bem porque o Pedro também já ia dormir lá.
"Fui pra lá, me arrumei com os meninos, tudo certinho...e fomos pra festa. Não vou mentir porque realmente foi uma decepção quando a gente deu de cara com o lugar onde era a tal "festança" maaas, entre amigos, quem não se diverte não é mesmo? Sem contar que era bebida liberada e por mais que não seja bonito admitir, nessas horas sempre ajuda.
Estávamos lá curtindo a festa, quando eu e Pedro (num impulso estúpido fruto do nosso estado fogoso de embriaguez, confesso) engatamos numa pegação frenética, estratégicamente afastada do grupo, que não fosse isso, eu aposto, teria nos rendido umas boas fotos na máquina da Samira. O que nem vem ao caso.
Até aí tudo bem. Tudo ótimo pra falar a verdade. Mas quando a esmola é demais...claro, eu já devia saber que não era possível que o universo estivesse conspirando ao meu favor, me ajudando a conseguir um tão estimado step, que eu tanto precisava. Step sabe? Aquele "amigo colorido" por que não chamar assim...que você leva normalmente como só amigo e resgata naqueles dias de tédio, em que não aparece absolutamente nada pra fazer. Ou simplesmente por que você precisa aliviar um pouco as tensões da vida. Acontece.
Mas é claro que não foi assim que a noite continuou. Aliás a guinada da história é agora. Eis que muito tempo depois (e eu quero dizer MUITO tempo mesmo, sei lá duas horas) a gente decidiu voltar pro pessoal, pra ninguém achar que tínhamos sido abduzidos nem nada...pra pegar uma cerveja também... que seja, saímos da nossa reclusão e fomos lá pro bar, junto do pessoal, e óbviamente assim que nos viram chegando todo mundo já tava com aquela cara de "aooonde os senhores estavam hein? hãã..." e Miranda já foi me puxando de lado...
- E ai...? - aquele olhar inquisitor de "aconteceu alguma coisa né?".
- Uhum. Isso mesmo. - adoro a Miranda porque não precisou de mais nada. Ela já tinha entendido tudo nesses dois segundos de conversa. E aí desgringolou tudo. Porque nessa hora a Loira-nova-melhor-amiga que eu não me lembro o nome veio falar com a gente.
- Ái meninas, alguma de vocês não quer ir no banheiro não? Odeeeeio ir sozinha...
Tá que não era a melhor hora e eu não devia ter saído de lá, mas eu me relaciono com isso porque também odeio ir sozinha no banheiro em festas. EEEE em minha defesa não tinha como eu imaginar o que ia acontecer na minha ausência.
Só sei que quando eu voltei, 5 minutos depois, juro pra você! Quando eu voltei... Pedro estava pegando a Ludmilla."
- AHMEUDEUS! - ela me interrompe.
- Bi...
- Ah, eu seeei que te interrompi sem permissão, desculpa! - ela faz aquele sinal de fechar a boca com zíper. Tudo bem, eu nem fico chateada. Como eu já disse, contar essa história pra mim já virou um hábito, eu sei que nessa hora eu preciso de uma pausa para reações dramáticas.
- Não, tudo bem. - eu respondo - Seria estranho se você não reagisse desse jeito...
- Mas cara, que bizarro. E depois disso? Caraca, deve ter sido muito bi-za-rro-ooo! - Bianca tem uma forte conexão pouco justificável com o termo bizarro. Ela usa essa palavra para descrever praticamente tudo, bom, ruim, ou intermediário mesmo.
- Se por bizarro você quer dizer constrangedor e...sei lá, revoltante. Sim, muito bizarro.
- E aííí?... conta o resto!
E eu conto pra ela o que mais aconteceu naquela festa. E depois dela. E no dia seguinte no meu aniversário. E no dia seguinte na outra festa.
- Então... ele não lembrava de nada no dia seguinte, tiveram que contar pra ele tudo que aconteceu e mesmo assim ele apareceu na sua casa e na festa no dia seguinte e agiu como se nada tivesse acontecido?
- Agiu não. Está agindo até hoje.
- Ai. Meu. Deus... que BIZARRO!



Tuesday, August 19, 2008

Os amores da nossa vida


E quem disse que não tives amores?
Que nunca chorei,
que não falei das flores?

Que não sofri a dor que aperta,
a dor que queima, a dor que encerra,
no peito daquele que ama
o outro que não retorna.

Difícil foi continuar
no rumo incerto do desconhecido
só para descobrir, na estrada,
que na viagem não se está sozinho.

E que os verdadeiros amores da nossa vida
tão vazia e tão sofrida,
não se perdem pelo caminho.

Tuesday, June 24, 2008

o dia dos vestidos brancos

eu só percebi o que tinha feito quando o dia já tinha termiando. na verdade o dia seguinte já havia começado a um bom tempo.
já eram seis da manhã de sábado quando eu cheguei em casa de uma boate que sempre quisera conhecer, mas a oportunidade nunca tinha se apresentado, e eu resolvi avaliar meu estado depois de uma merecida noitada com as amigas pra esquecer o que vinha me perturbando a semana interia. Sr G.
eu tinha ido para a Baronetti com o vestido branco que usara na minha formatura. e quando pensei na roupa que eu tinha usado para ir na faculdade reparei que tinha usado um vestido branco de renda que eu gosto muito e me deixa levemente parecida com uma antiga boneca de porcelana.
era coincidência, mas o que realmente me perturbou foi lembrar que, como havia feito muito calor na noite anterior, eu tinha dormido com a minha camisola de algodão de alcinhas, branca. eu passara mais de 24 horas usando vestidos brancos. e casamento não era nem uma palavra que constasse nos meu dicionário ainda.
nessa hora eu me olhei no espelho e refleti sobre o que eu realmente via na morena de 1,70 cm que olhava de volta pra mim. eu era um jovem recém saída da adolescência, achando que tinha muio o que acrescentar sobre o amor, na flor dos meus 18 anos.

mas mesmo assim, eu sabia que não era tão grande o número de mulheres que tinha a minha experiência quando se trata de decepções amorosas.
haviam aquelas sortudas que nunca saberiam o que era um decepção amorosa, aquelas que haviam assistido a uma e ficaram tão traumatizadas que nunca se permitiriam viver uma de verdade e aquelas que eram auto-suficientes com o resto de suas vidas, o bastante pra não ligar para o amor o suficiente pra passar por uma.
e todas elas perdiam de mim e do meu grupo, o grupo daquelas que não sabem quando parar e quando veêm já estão tão imersas na situação que não há outra opção a não ser se afogarem. daquelas que tinham esperança de algo, algum dia, dar certo.
não tinha nada a ver com idade, tinha a ver com personalidade.

eu me perguntava, a idade física interfere em como lidamos com nossos relacionamentos?
eu não sabia se preferia acreditar que sim, o que significaria que com o tempo as coisas seriam mais fáceis para nós.
ou se preferia acrediar que não, e que, se eu era uma das que tinha esperança, permaneceria assim para sempre.
eu ainda tinha tempo pra organizar a vida antes de ter que realmente me preocupar em que acreditar, não tinha?

eu gostaria de pensar que tinha, mas a coincidência com os vestidos não parava de me perturbar. será que o meu subconsciente estava tentando me avisar alguma coisa?
mesmo tão nova eu deveria começar a me preocupar com uma coisa que para mim parecia tão distante, como casamento?
a idade tinha tão pouco a ver com isso que os vestidos brancos já deveriam fazer parte da minha realidade?

eu estava começando a obsecar com isso quando Stéphanie, que estava capotando na minha casa naquele dia disse "não que eu esteja com pressa amiga, afinal, nós temos todo o tempo do mundo, mas vai se trocar logo pra gente poder dormir porque eu tô com um sono absurdo!".
"todo o tempo do mundo? parece um pouco demais não?"
"um minuto a menos e não ia dar tempo de fazer tudo que eu tenho pra fazer nessa vida, se eu planejo mesmo descansar de vez em quando pra não ficar com olheiras."
era verdade. parecia que esse tempo era, cronometrado, o que nós precisavamos.
resolvendo então descansar dessa vez, pra variar, rapidamente fui pra cama. vestindo minha calça de malha azul turquesa e uma camisa velha do Pateta.

Saturday, March 29, 2008

No one to blame.

Hands of Time - Groove Armada

keep looking through the window pane
just trying to see through the pouring rain
it’s hearing your name, hearing your name
I never really felt quite the same, since I’ve lost what I had to gain
No one to blame, no one to blame
Seems to me, can’t turn back the hands of time
Oh it seems to me, can’t turn back the hands of time
(x2)

Seems to me, can’t turn back the hands of time
Oh it seems to me, can’t turn back the hands of time
Seems to me, history was left behind

Essa é uma das músicas mais bonitas que eu conheço. E claro, como acontece com qualquer um, agora que eu a encontrei - sim, porque já a conhecia a muito tempo, mas nunca tinha conseguido seu nome - vou escutá-la 35 vezes por dia, durante algumas semanas. Até que alguma nova música ocupe seu lugar no meu coração.
Mas quando eu penso nisso algumas perguntas me vem à cabeça. Como por exemplo: não é assim que nós funcionamos com qualquer coisa? Desde uma roupa que a gente usa muito logo depois que compra, até um namoro onde a gente se joga no começo só pra depois ir esfriando até gastar?
Nós naturalmente usamos alguma coisa até que ela já não nos encanta mais e de repente aparece alguma coisa ou alguém melhor e automaticamente nós somos enfeitiçados pela novidade. Quão superficial pode ser o homem que não se deixa tocar por nada, tão barato que por qualquer micharia se vende, desde que seja inédita.
O ser humano enjoa das coisas da vida e, infelizmente, não há nada que possamos fazer pra mudar esse instinto, nem ninguém em quem por a culpa. "No one to blame."

Monday, July 23, 2007

Fazendo da vida uma limonada



21/05/2004 festa de aniversário da amanda


Vendo fotos antigas e lembrando de uma época na qual os problemas eram tão bobos que eram engraçados, e que cada dia era uma chance de ser melhor que antes, parei pra pensar na vida.
A gente nunca acha na vida que está passando pelo melhor momento dela, e só nos damos conta quando já é tarde. É um cliche porque é verdade. E a gente se pergunta por que não aproveitou mais quando devia, e por que aqueles que sabiam não nos avisaram disso. Por que eles não nos mandaram viver cada dia como se fosse o úlitmo e cultivar as amizades que tínhamos.
Eles, aqueles mesmos, de quem sempre falamos mas que nunca determinamos quem são. Se eles sempre sabem e semprem dizem alguma coisa, por que não agora, quando mais útil seriam os seus conselhos, eles se privam da intromissão, que normalmente destetamos tanto, mas que dessa vez serviria pra salvar a melhor época da vida, e fazê-la perdurar até o fim dos nossos dias, que é a infância.
E não a infância das crianças, que logo querem se tornar adolescentes, não. A infância daqueles que não se preocupam com as besteiras da vida, que sabem reconhecer aquilo que realmente importa, que não ligam pro que os outros pensam. Que tratam os amigos de verdade como família, e colocam a família em primeiro lugar. Que conquistam aquilo que ganham só pelo prazer de saber que foi merecido. Que não perdem a esperança nem a inocência, não ao ponto de serem ingênuos, mas otimistas. Cuja criança interior vai sempre acreditar no Papai Noel e gostar de bolinha de gude.
Eles nunca disseram isso, mas acho eu que eles também não sabiam. Eles só esqueceram de nos avisar da sua própria ignorância.

"Porque metade de mim é o que eu grito, mas a outra metade é silêncio.
Porque metade de mim é partida e a outra metade é saudade.
Porque metade de mim é o que ouço, mas a outra metade é o que calo.
Porque metade de mim é o que penso e a outra metade é um vulcão.
Porque metade de mim é a lembrança do que já fui, a outra metade eu não sei...
Porque metade de mim é abrigo, mas a outra metade é cansaço.
Porque metade de mim é a platéia e a outra metade, a canção.
Porque metade de mim é amor e a outra metade... também."
Oswaldo Montenegro


Tem gente que escreve aquilo que a gente tenta dizer e não consegue. Mas nesse caso, apesar de achar isso, tb acho que ele não escreveu o suficiente...

Porque metade de mim é a letra e a outra metade, a melodia.
Porque metade de mim é a vontade e a outra metade, o medo.
Porque metade de mim é o sentimento e a outra metade, a razão.
Porque metade de mim é o roteiro e a outra metade, a estrela.
Porque metade de mim é a fantasia e a outra metade, a desilusão.
Porque metade de mim é o para-quedas e a outra metade, o chão.
Porque metade de mim é a novidade e a outra metade, o apego.
Porque metade de mim é o que eu vejo e a outra metade, o que eu faço.
Porque metade de mim é laranja e a outra metade, limão.
Porque metade de mim é metade e a outra metade, incompleta.

Tuesday, June 05, 2007

What's the point of fiting in very well, but not belonging anywhere?

Já sentiu a vazia satisfação de ser agradável?
Ser sociável, se encaixando em qualquer situação sem nunca fazer parte de nada?
É fácil ser apreciada sem nunca ser necessária.
É fácil de fazer, mas é difícil viver assim.
Antes uma pessoa que precise de você do que centenas que não dispensem a sua compania.

Tuesday, September 19, 2006

The things you're missing

The things you're missing because you're not here, are just to much to talk about.
And even then are nothing compared to how much we are missing you. We can tell you that but I don't thing you get it, it't just to much to understand. We miss you on friday's when you don't show up at school, or at the birthdays you're not here to celebrate.
You missed my own and I missed you so. And yet I saved you a piece of cake. I don't thing you should eat it anymore, but it's still here in the freezer.
You missed me moving away, and you still haven't been here at my new place. My sister misses you, she won't admit it but I know she does. My mom still talks about you and how you always chated with her whenever you two met, regardless of me being there or not. Nobody sleeps here anymore, and the bed misses you too.
I kept your invitation for the june's party at my condo. And reserved one for the seniors party in the midle of the year. But you missed it, cause you were not here.
I don't like to face but I'm saving myself too. I still wait for you. But you don't even know it. Maybe someday you'll show up to pick all this up and take it with you to wherever you go. Maybe then I'll be happy again.
Because the people you love are those who make you happy when they're around, but the people you adore, are those who make misareble when they're gone.

Friday, August 11, 2006

A Vizinha do 202

Pq as pessoas escrevem? não sei, mas quando eu tento, é nisso q dá.

A Vizinha do 202


01.06.2005,quarta-feira, 16:40, em casa

É...depois de amanhã é dia de pagamento. Não faço idéia de que dia seja hoje, mas tenho certeza de que dia é depois de amanhã. Absoluta, porque a vizinha do 202 acabou de chegar e tava soterrada de sacolas. É sempre assim: eu recebo 3 dias depois dela e no dia seguinte do pagamento (todo mês sem exceção, nem por viagem ou morte; incrivelmente irritante mas de uma maneira boa) ela traz as compras, isso quer dizer q eu recebo em dois dias claro, faça as contas. Ela traz tudo o que o carro é capaz de transportar: o supermercado com direito à comida, material de limpeza, bebida, material pra manutenção do jardinzinho da varanda e comida de cachorro. Mas tudo isso não da nem a metade das sacolas que elas traz. Não que a vizinha seja rica, nós moramos em um prédio exageradamente normal de 3 andares no Jardim Oceânico; e ela não dirige uma Caravan (ela dirige um EcoSport vermelho só por curiosidade) mas ela realmente adora compras. São sacolas de todos as cores e tamanhos, e de todas as lojas. Suponho que ali dentro ela tenha desde calcinhas e sutiãs até canetas esferográficas, passando por todo tipo de produto como: CDs, filmes, sapatos, bolsas, óculos escuros, camisetas, almofadas, calças, cortinas, casacos, cadernos, tinta para a impressora, post-its e livros. Aliás, um terço das sacolas são de livrarias, eu nunca vi um apetite tão grande por livros. E não é de hoje, todo mês são sacos e sacos de livros: romances, policiais, romances-policiais, de suspense, de comédia, de ficção, biografias, de culinária e revistas. Todos os tipos, e isso me impressiona...Durante toda a minha infância eu achei q lia muito, afinal um livro por semana é uma ótima média. Mas a vizinha...nãããão, a vizinha lê mais do que respira, e isso me intriga de verdade por que ela não parece ter nem tempo pra ler: de manhã ela acorda cedo e vai pra faculdade; depois almoça e vai trabalhar lá pelas 2 da tarde; ai uma oito ou nove horas ela volta, se arruma e sai. Parece três pessoas diferentes: de manhã ela está sempre...Qual é a palavra? Estudantil? É pode ser...ela sai de calças jeans, uma camiseta, aquele tênis Adidas (ou AllStar) e a bolsinha combinando; de tarde são as famosas saias (na verdade famosas são as pernas da vizinha), blusa e sandálias, tudo claro como se ela fosse a estrela de um comercial; e de noite nossa... Eu ainda lembro da 1ª vez que vi a vizinha saindo à noite: já eram 22:15 e nós dois pegamos o elevador, quer dizer quando eu entrei a vizinha já tava lá dentro...Ela estava de sandálias altas pretas, calça jeans pretas e bolsa (preta óbvio), mas a blusa que ela estava usando era vinho, e sinceramente alguma coisa na pele branca da vizinha contrastando com o vinho da blusa me hipnotizou. Os cabelos estavam soltos e nem parecia que ela estava usando maquiagem. Ela definitivamente não é baixa, mas não era alta nem mesmo com os saltos agulha, mas eu sou suspeito de falar com o meu 1,87 m de altura. Eu não sei o que me deu mas simplesmente perdi a fala ao olhar pra ela, e ela também não disse nada só me olhou diretamente nos olhos (o que pode ter alguma coisa a ver com a perda da fala) e sorriu, como quem diz "Boa noite, muito prazer meu nome é Priscila. Tudo bem?" e eu fiquei lá só sorrindo. Aliás, o nome dela eu não sabia, mas não foi difícil descobrir já que nós moramos em um prédio de cinco apartamentos. Às vezes ela volta tarde e às vezes cedo, mas não importa ela deve sair umas quatro vezes por semana e nunca, NUNCA volta acompanhada. O que depois da experiência no elevador me deixa extremamente curioso, porque a vizinha...Ou melhor, Priscila é definitivamente uma mulher pra quem eu pagaria uma cerveja e/ou acompanharia até em casa. Se ela tivesse aceitado o drink/cerveja/café/ou qualquer outra coisa oferecida. Ou sem porra de bebida nenhuma...Sei lá.Tudo na vizinha me deixa assim, curioso, estressado, irritado, relaxado, confuso realmente...Outro dia eu cheguei a considerar a hipótese de ir lá levar uma torta e me apresentar. Sim, eu sei o quão deprimente é isso. De qualquer maneira deixa pra lá, eu tenho q ir andando mesmo ou me atraso pra encontrar o Gabriel, e aquele puto sempre reclama que se além de broxado eu for ficar chegando atrasado eu acabo com a vida amorosa dele.
***

Wednesday, July 12, 2006

E a Alessandra?

Carolina é uma menina bem difícil de esquecer
e a Alessandra?

Andar bonito e um brilho no olhar
será que ela não tem uma postura bonita e cabelos brilhantes?

Tem um jeito adolescente que me faz enlouquecer
E um molejo que não vou te enganar
um jeito maduro que impressiona?
e um requebrado fora de sério?

Maravilha feminina, meu docinho de pavê
porque não tortinha de limão?

Inteligente, ela é muito sensual
ela é culta, e atraente

Eu te confesso que estou apaixonado por você
será que alguém é apaixonado por ela?

Ô Carolina isso é muito natural
será que é?

Ô Carolina eu preciso de você
será que precisa?

Ô Carolina não vou suportar não te ver
porque não?

Ô Carolina eu preciso te falar
será que ela quer escutar?

Ô Carolina eu vou amar você
até quando?

De segunda a segunda eu fico louco pra te ver
e nela, quem será que pensa?

Quanto eu te ligo você quase nunca está
e pra ela, quem liga?

Isso era outra coisa que eu queria te dizer
não temos tempo então melhor deixar pra lá
não, tudo bem, ela tem tempo.

a princípio no Domingo o que você quer fazer
faça um pedido que eu irei realizar
quem será que vai se dispor a realizar os desejos dela?

olha aí amigo eu digo que ela só me dá prazer
e ela, quem é que a deixa feliz?

Essa mina Carolina é de abalar
ah ela também é decente.

Ô Carolina eu preciso de você
e dela, quem precisa?

Ô Carolina não vou suportar não te ver
Ô Carolina eu preciso te falar
Ô Carolina eu vou amar você
porque não?
será que ela quer escutar?
até quando?



Carolina, Carolina
Carolina, preciso te encontrar
aonde? ela vai.

Carolina, me sinto muito só
ela te faz compania.

Carolina, preciso te dizer
será que ela quer escutar?

Ô Carolina eu só quero amar você
e ela só quer alguém que a ame.

Carol, Carol, Carol, ...

Saturday, June 24, 2006

Nós temos o direito de sonhar

Nós temos o direito de querer
Nós temos o direito de lutar
Nós temos o direito de tentar
Nós temos o direito de treinar
Nós temos o direito de buscar
Nós temos o direito de batalhar
Nós temos o direito de almejar
Nós temos o direito de errar
Nós temos o direito de acertar
Nós temos o direito de chorar
Nós temos o direito de gargalhar
Nós temos o direito de cansar
Ninguém tem o direito de acabar com isso...
Mas nós temos a força pra levantar
Nós temos a coragem pra voltar
Nós temos vontade pra continuar
Nós temos a garra pra persistir
Nós temos o necessário pra completar
Nós temos o direito d sermos parabenizados
Nós temos o direito de vencer...
E não precisamos de medalha nenhuma pra sabermos que vencemos.

Foi a muito tempo atrás...

Aqueles olhos, aqueles olhos que olhavam para a linha do horizonte, que estabelecia uma fronteira com o desconhecido e fazia uma promessa de liberdade, jurando que além de si mesmo guardava toda a felicidade desejada, almejada, com a qual sonhava a dona daqueles olhos, que escondiam o maior dos segredos não revelados, o único dos mistérios que ficaria sem solução até o fim dos tempos...a expressão dos olhos que fitavam o nada e o tudo ao mesmo tempo...olhos, aqueles que ocultavam o amor sentido e negado, a felicidade perdida, olhos nos quais se via o sofrimento e a dor guardados e acumulados, durante muito tempo, anos a fio...não revelados, por motivos muitos, inúmeros e sem sentido, sem sentido assim como a vida, a vida de todos inclusive a vida da dona daqueles olhos que miravam o horizonte, e que se desviavam da janela para os vultos no salão que passavam sem propósito diante da presença distinta da dona de olhos tão profundos que não mereciam ser obrigados a ver tal vida, sem propósito, sem sentido, sem felicidade...e foi quando estes olhos tristonhos cruzaram com outros olhos tão bonitos quanto aqueles, porém cheios de vida, alegria e amor, que aqueles olhos profundos e melancólicos refletiram um pequeno, quase insignificante resquício de que a esperança ainda habitava a alma da dona dos olhos...e do fundo da alma saiu tamém a coragem necessária para que tudo pudesse ser feliz novamente, ou pela primeira vez... Era uma noite ligeiramente fria de verão, quando aqueles olhos se cruzaram... Fazia uma noite ligeiramente fria de verão, na noite em tudo mudou...

Cry for the dead

tah, esse poema eh só a coisa mais bonita q toda a história jah viu. e eu não eu não me acho, pq não eh meu.

Funeral Blues

Stop all the clocks, cut off the telephone,
Prevent the dog from barking with a juicy bone,
Silence the pianos and with muffled drum
Bring out the coffin, let the mourners come.
Let aeroplanes circle moaning overhead
Scribbling on the sky the message He Is Dead,
Put crepe bows round the white necks of the public doves,
Let the traffic policemen wear black cotton gloves.
He was my North, my South, my East and West,
My working week and my Sunday rest,
My noon, my midnight, my talk, my song;
I thought that love would last for ever; I was wrong.
The stars are not wanted now: put out every one;
Pack up the moon and dismantle the sun;
Pour away the ocean and sweep up the wood,
For nothing now can ever come to any good.

W. H. Auden

Thursday, April 13, 2006

Eugoísta.

Ela sou EU.
ela nascEU.
e crescEU.
e corrEU.
e aprendEU.
e descEU.
e se fudEU.
e enlouquecEU.
e esquecEU.
e lEU.
e entendEU.
e escrevEU.
e comEU.
e bebEU.
e esclarecEU.
e se escondEU.
e morrEU.
tá, ainda não mas uma dia.


eu sou assim, EUgocêntrica.

Búnitezas

"...você é estranha."
Eu sou. Eu sei.
"Você tá me assustando."
Hahuahah. Desculpa, eu paro. Eu tô meio estúpida.
"É o remédio. Huauhauha."

Mentira.
...
Eu tô deprimida.
...

"Por quê?"
Há, se eu soubesse eu resolveria a questão pra poder me alegrar de novo não acha?...
Mas... ...essa a buniteza da depressão, não é palpavel, não tem resposta, é quase...

...utópica.
A solução não a depressão.

E por isso, pra que por fim numa coisa tão especial, tão...bonita?

"Eu não acho que você esteja bem."
Eu? Que isso!
Eu sou é...diferente.

Acho que quando eu morrer vou virar espuma do mar, pó de estrela, vento de vale.
Eu não sou desse mundo, não sempre, pelo menos.

É meu enigma. Meu paradigma. O que quer que isso queira querer (dizer). É meu anacoluto.

Falar bonito é uma arte. E eu a domino.
Impressionar é uma arte. Que eu ensino.
Encantar é um truque. Que eu realizo.
Enganar é uma mágica. Que eu arrisco.
Amar é uma sentença. Da qual eu fujo.

Fora isso eu vivo.
Pela janela da minha bicicleta passam as paisagens e na minha cestinha eu levo flores para a Vovózinha.

As bunitezas da vida me enotrpecem, e eu canto.

Pra quê acordar?

Pra quê chorar?
Pra quê mentir?
Pra quê fingir?
Pra tentar continuar?
Pra tentar acreditar?
Pra quê fugir?
Pra tentar chegar?
Aonde?
Que lugar é esse que todos buscam?
O que será que tem lá?
A curiosidade não para de me perturbar.
Vai, vai na frente, e quando chegar lá, me liga.
E se não valer a pena, eu fico por aqui mesmo.

Princípios

Eu não esqueço.
Eu não perdôo.
Eu não fico com raiva.
Me vingo.
Eu sou uma graça, até você mexer comigo.
Eu sou sua melhor amiga, ou sua pior inimiga.
Mas você nunca vai saber ao certo, por que eu mantenho meus amigos por perto, e meus inimigos bem mais perto.
Se eu não sei, eu saberei.
Se você mentir, eu vou descobrir.
E se eu descobrir, bem, você só nunca mais vai mentir.
Eu sou exigente.
Eu sou invejosa.
Eu preciso te superar.
E não descanso enquanto não conseguir.
Eu sou inteligente.
E preguiçosa.
Eu dou corda.
E sou esnobe.
E quando eu quero alguma coisa, não importa o que, nem quem, nem quando, eu consigo, leve o tempo q levar.
Sou super simpatica.
Sou extrovertida.
Sou espírita.
Se meu santo não bater com o seu, esquece.
Ajudo, só pelo prazer de ajudar.
Sou frenética.
Eu danço.
Eu canto.
Eu choro.
Eu grito.
Eu sussurro.
Eu me amo.
E sou correspondida.
Eu minto.
E muito bem.
Eu muitas coisas, mas por enquanto é o que você precisa saber.